ATA DA NONAGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA
DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM
08-10-2015.
Aos oito dias do mês de
outubro do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Carlos
Casartelli, Clàudio Janta, Dr. Raul Fraga, Guilherme Socias Villela, João
Carlos Nedel, Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista,
Reginaldo Pujol, Rodrigo Maroni e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência
de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dr. Thiago,
Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João
Bosco Vaz, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely,
Mario Manfro, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Séfora Gomes Mota e
Sofia Cavedon. A
seguir, o Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, a Paulo Rogério da
Silva, Presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulância do Estado do Rio
Grande do Sul – Sindcaers –, que discorreu sobre a situação dos condutores de
ambulância da Prefeitura de Porto Alegre. Em
continuidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, Bernardino Vendruscolo,
Dr. Raul Fraga, Lourdes Sprenger, Tarciso Flecha Negra, Dr. Thiago, Mônica
Leal, Sofia Cavedon, Fernanda Melchionna, Paulinho Motorista, Kevin Krieger e
Delegado Cleiton manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna
Popular. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se Carlos Casartelli. A seguir, o
Presidente concedeu a palavra, para considerações finais sobre o tema em
debate, a Paulo Sérgio da Silva. Os trabalhos foram suspensos das quinze horas
e quatro minutos às quinze horas e cinco minutos. Após, foi apregoado
Requerimento de autoria de Márcio Bins Ely, solicitando Licença para Tratamento
de Saúde no dia de hoje. Também, foi apregoado Requerimento de autoria de
Marcelo Sgarbossa, solicitando renovação de votação do Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 006/14. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se
Rodrigo Maroni. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se Mauro Pinheiro, Mônica Leal,
Mendes Ribeiro, Lourdes Sprenger, Engº Comassetto, Delegado Cleiton, Clàudio
Janta e Idenir Cecchim. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Mônica Leal,
Engº Comassetto, Delegado Cleiton, Clàudio Janta e Idenir Cecchim. Às dezesseis
horas e vinte e cinco minutos, constatada a inexistência de quórum, em
verificação solicitada por João Bosco Vaz, o Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os vereadores para a sessão ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental.
Os trabalhos foram presididos por Mauro Pinheiro e Delegado Cleiton e secretariados
por Delegado Cleiton. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída
e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Passamos à
A Tribuna Popular de hoje terá a presença do
Sindicato dos Condutores de Ambulância do Estado do Rio Grande do Sul –
Sindcaers, que tratará de assunto relativo à situação dos condutores de
ambulância da Prefeitura de Porto Alegre. O Sr. Paulo Rogério da Silva,
Presidente, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos.
O SR. PAULO
ROGÉRIO DA SILVA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, boa tarde a todos. Quero agradecer por este espaço, que é muito
importante para nós. Em nome do nosso Presidente da Câmara, Mauro Pinheiro,
quero cumprimentar todos os demais presentes, Vereadores e Vereadoras. Na
verdade, pedimos este espaço pela importância que o tema exige, por aquilo que
viemos trabalhando dentro do SAMU com relação aos profissionais condutores de
ambulância. Vou fazer um breve histórico do início dessa luta, acho importante
a presença de todos os condutores e seus familiares aqui presentes para que
tenhamos cada vez mais união e que a gente possa encaminhar e resolver algumas
questões. Em primeiro lugar, eu imaginava, hoje, estar aqui, nesta Casa, para
estar comemorando e reconhecendo o que a Prefeitura já deveria ter feito há, no
mínimo, dez anos. Como isso não aconteceu, não é um dia dos melhores para nós
hoje, aqui, mas esperamos que haja tempo e que a Prefeitura se sensibilize com
nossa necessidade. Não é uma questão de nós querermos ou não; é a necessidade
de regulamentar a qualificação que nós já temos para que nós possamos exercer o
auxílio a todos os atendimentos que hoje estão muito prejudicados em Porto
Alegre. Eu queria fazer um breve relato do SAMU mais antigo do Brasil, criado
em 1995. Desde então os condutores do Município vêm trabalhando para ver
resolvidas questões das atribuições. Impuseram, em 2002, com a criação da
Portaria nº 2.048, uma série de outras atribuições, recebemos treinamento, mas
a Prefeitura não se preocupou em qualificar e mandar para cá um projeto de lei
para que nós pudéssemos regulamentar também o exercício dos nossos auxílios nos
atendimentos. Inicialmente, nós formamos um grupo de trabalho, em 2002, para
que a gente discutisse essa questão em relação aos atuais motoristas, porque
nós fomos pegos em todas as Secretarias, fomos levados para o SAMU, e nunca
houve sensibilidade para uma solução desta questão. Então, nós recebemos
treinamento, mas continuamos legalmente como motoristas. O que não é mais
possível, até mesmo em função da Lei nº 12.998, criada em 2014, que reconhece o
condutor da ambulância como um trabalhador com uma profissão diferenciada.
Posto isso, em 2002, se iniciou essa discussão. Em 2005, foi arquivado esse
processo pela gestão do nosso Prefeito Fogaça, e fomos orientados a iniciar um
novo processo, porque estava trocando de administração. Iniciamos outra
tentativa de regularização e legalização dos condutores por um novo pleito, e
as dificuldades foram encontradas em 2008, de novo. Os gestores arquivaram o
nosso processo e pediram para nós reiniciarmos. Em 2010, nós formamos a nossa
primeira comissão dos condutores de ambulâncias para cuidar desse tema
relacionado a esses profissionais, e novamente cuidar da regularização dos
profissionais. Tivemos várias reuniões com gestores, SAMU, SMS, PGM e
Administração, e, mais uma vez, sem solução. Em 2011, nós estivemos reunidos
com o então candidato a Vice-Prefeito, Sebastião Melo, que nos deu a esperança
de que ali nós veríamos resolvidas as questões que até nós íamos negociando.
Porque, nas palavras dele, era um absurdo e nós éramos merecedores por tudo
aquilo que nós desempenhávamos para a cidade de Porto Alegre. Passamos
negociando em 2012, 2013, com a realização da Copa do Mundo. Poderíamos usar
isso como um instrumento de negociação de troca, e a comissão, conjuntamente
com os demais trabalhadores, decidiu que nós não iríamos fazer absolutamente
nada, que nós iríamos continuar negociando, até nós resolvermos essa questão.
Bom, foi, então, que solicitamos um parecer junto à PGM, e esse parecer veio no
sentido de que os condutores, os atuais motoristas que desempenham a função de
condutor de ambulância no SAMU, não podem exercer as atividades que não sejam
as elencadas em lei, ou seja, na Lei nº 6.309. E ali está muito claro que elas
não têm nada a ver com o desempenho das atribuições que nós fizemos dentro do
SAMU de Porto Alegre. Também tivemos o parecer do Coren, que nos proíbe de nos
aproximarmos do paciente, de lidar com o paciente, porque é uma questão de
enfermagem. E, então, mandou que o próprio sindicato resolvesse, negociasse
essa questão junto com o Poder Público Municipal. Em 2015, nós passamos, então,
a tencionar essa questão. Nós entregamos todos os ofícios – depois eu quero
entregar para esta Casa - para o Presidente, que poderá disponibilizar para os
demais. Entregamos o ofício dizendo que, no dia 15 de setembro, nós iríamos
exercer somente as atribuições da Lei nº 6.309. No início, nós tivemos 14, 15
condutores que iniciaram; hoje, nós estamos com aproximadamente 58 condutores
que estão exercendo as atividades da Lei nº 6.309. Ou seja, está um caos, hoje,
em Porto Alegre, trabalhar no SAMU, porque não tem como uma pessoa trabalhar
sozinha, e nós estamos impedidos de trabalhar. E a culpa não é nossa, a culpa
continua sendo da Administração que empurrou isso aí para longe, quando ela
deveria ter encaminhado para esta Casa. E quero dizer mais: tem um projeto
pronto, que nós fizemos conjuntamente com a Administração, e nós não entendemos
por que não veio para esta Casa para ser discutido e ser votado.
E aí nós temos várias outras categorias, ao longo
desse período, eu falo de 2002, 2003 para cá, que foram contempladas com
gratificações, foram contempladas com mudanças de faixa, e nós não entendemos
por que a Prefeitura reconhece essa categoria e não nos reconhece. O exemplo
nós temos: a CGVS tem agentes de fiscalização de nível técnico, padrão sete, e
recebem padrão sete. Nós tivemos a Guarda Municipal, que, recentemente, foi
contemplada; tivemos outros profissionais do próprio gabinete do Prefeito que
foram contemplados. E nós, infelizmente, não fomos ouvidos, não tivemos os encaminhamentos
que deveriam ser dados por esta Casa.
E aí, pessoal, nós temos isso no papel, não estamos
dizendo isso de boca. Há uma coisa que chega a ser surreal. Nós temos 95
técnicos de enfermagem no SAMU, coisa que nunca aconteceu, porque temos três
veículos, que são ambulâncias avançadas, e temos um veículo de intervenção
rápida, que não usa técnico de enfermagem. Estranhamente há 95 técnicos, e
condutores nós só temos 75! Nunca aconteceu isso no SAMU de Porto Alegre. Desde
a sua fundação, lá em 1995, nós não tivemos esse número exorbitante de técnicos
de enfermagem, e, diga-se de passagem, recebendo, em muitos momentos, hora
extra, e nós não entendemos isso com relação a essa questão.
E aí nós começamos a fazer levantamentos. Só para
os senhores terem uma ideia, o salário médio hoje de um auxiliar ou de um
técnico de enfermagem está R$ 34,45 a hora, um salário médio de R$ 5.374,86; o
condutor de ambulância, que somos nós, que realizamos todo o tipo de serviço
junto com as equipes, recebe R$ 14,10 por hora, ou seja, o salário médio nosso
é exatamente R$ 4.100,34, e o mais grave ainda é que temos 11 motoristas que
trabalham na Secretaria da Saúde, que ficam buscando papel, comida e trabalham
lá no SAMU, e o salário médio deles é mais alto do que o nosso! É um salário de
R$ 4.334,57! Então o absurdo é tão grande, que se dá prioridade para quem
carrega papel, para quem usa um veículo normal para ir buscar alimentação, e
não se dá o devido valor àqueles que estão a todo o momento com o estresse
elevadíssimo, defendendo a nossa população em Porto Alegre.
E temos mais – estou falando de 40 horas tanto para
o técnico quanto para os condutores: o salário do médico, hoje, é de R$ 131,17,
por hora; o salário médio para 20 horas...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. PAULO
ROGÉRIO DA SILVA: ...salário médio de R$ 10.537,42, tendo 52 médicos
hoje, fora uma empresa contratada, terceirizada. Temos hoje 28 enfermeiros no
SAMU com o salário hora de R$ 66,56 e um salário médio para 40 horas de R$
10.384,11. Pasmem, todos os enfermeiros recebem RDE no SAMU de Porto Alegre, e
foi uma discussão que fizemos há muito tempo, inclusive, quando o Ver.
Casartelli era Secretário, pois achávamos um absurdo fazer da forma como foi
feito, mas foi concedido. Pasmem, tem enfermeiro que recebe hora extra para
trabalhar lá, quando a RDE é específica e clara: não pode receber hora extra!
Hoje, em vez de dar gratificação para os condutores e resolver essa questão,
porque está toda acertada e é só mandar para a Câmara de Vereadores, nós
estamos usando em cada ambulância um técnico e um enfermeiro. Estão sendo
usados dois profissionais, quando na verdade os condutores podem fazer esse
auxílio, como sempre fizemos. Usam outro profissional, se gasta um monte com
hora extra e não vai resolver a questão, porque nós continuamos na ilegalidade,
se isso não vier para cá e não for votado. Nós só trouxemos esses dados para
vocês verem que não somos contra, acho que as pessoas têm que ganhar bem, mas
tem que respeitar uma categoria que está na luta e que até hoje não foi
reconhecida.
Depois vou passar para os senhores uma auditoria
que foi feita pelo Tribunal de Contas que consta que, em 2014, as pessoas que
comandavam o SAMU eram as que mais horas extras recebiam. Um é o gerente
adjunto e a outra foi uma gerente que ficou por um tempo por lá, a Dona Lena e
o seu Luiz. O número de horas extras que eles receberam com RDE na gerência...
E eu pergunto aos nossos colegas aqui: como estão as nossas horas extras que
estão sendo retiradas? A todo momento temos que brigar, porque as horas somem!
Muitas vezes, aos domingos, estamos em casa e somos chamados a fazer um
plantão, deixamos a nossa família para o serviço não fechar.
Os cursos que nos são dados com verba federal,
simplesmente, não são contados como horas realizadas, como deveria ser, porque
vem verba federal para isso. As horas, simplesmente, estão desaparecendo, e
estranhamente, quem não deveria receber hora extra, continua recebendo, pelo
menos está aqui no Tribunal de Contas, que constatou isso.
Então, hoje, o que acontece pessoal? A Prefeitura
gastaria conosco, por mês, R$ 101.250,00, com uma gratificação para os
motoristas, regulamentando essa profissão, e para abertura de concurso para
padrão 6 para fazermos a ampliação do quadro, porque não aguentamos mais
trabalhar com 87, 90 horas. Porque é um absurdo você trabalhar num trânsito
conforme está, o estresse que a gente carrega para estar recebendo 97 horas.
Isso é inaceitável, e nós não queremos. Nós queremos é resolver essa questão.
Só para vocês terem uma ideia de números, com os 95 condutores, a Prefeitura
gastou R$ 592.800,00 com pagamento de plantões do HAOC, que é um curso de
qualificação que veio para fazermos. A Prefeitura gasta com outros cursos
mensais R$ 296.400,00 por ano, que é um plantão, no mínimo, por mês, que nós
temos que estar trabalhando lá. E aí, pessoal, os condutores do SAMU, hoje,
padrões 2, 3 e 4 recebem o salário-base de R$ 819,00 – o salário hoje não tem
diferença entre os padrões 2, 3 e 4 – é o salário que nós recebemos. Então, só
para as pessoas irem entendendo.
Eu queria, Presidente, dizer que nós temos várias
ocorrências que estão sendo chamadas uma segunda ambulância, e que o tempo
resposta, hoje, está chegando a mais de uma hora. Nos bairros Restinga e Belém,
por exemplo, tem que sair uma ambulância para ir ajudar a socorrer a outra lá.
Nós temos hoje – e até agora ninguém deu uma resposta para nós – condutores
trabalhando sem carteira de habilitação, porque foi pago curso para alguns
fazer, e os caras não fizeram, e a gestão não fez nada. Tem tudo, os ofícios
aqui, para que esta Casa tenha conhecimento dessas questões todas que estão
aqui.
Uma outra situação, nós gostaríamos de poder exaltar a SAMU, a
Prefeitura, em todos os encontros que nós temos, em nível estadual e em nível
de Brasil. Infelizmente, hoje, nós não podemos porque a
Prefeitura não resolve a nossa questão. O projeto está pronto! O que nós mais
temos hoje, é incrível, são gerências, chefias que deveriam zelar pelo bom
andamento das questões e estão colocando um trabalhador contra o outro. Então,
está insuportável trabalhar hoje dentro do SAMU, porque têm técnicos que querem
se denominar chefes dos condutores, e isso é irregular. As chefias fizeram
reuniões com alguns técnicos para que eles impusessem as suas vontades nas
bases, junto conosco. Diante desse caos instalado, pessoal, eu gostaria
imensamente de que vocês desta Casa tivessem conhecimento e que nos ajudassem a
resolver essa questão. Se o projeto está pronto, se não é discussão de
atribuições, se não é discussão dos métodos negociados, por que não vem para
esta Casa? Nós tivemos uma audiência pública aqui, no dia 5 de maio, o
Procurador ficou de mandar para cá até o dia 30, mas até agora esse processo
não veio. Até agora esse processo não veio para ser votado.
E eu quero passar para os senhores que a frota do
SAMU, hoje, tem 42 veículos, pessoal, como frota do SAMU. Eu gostaria de
convidar esta Casa para ir à Rua Comendador Coruja e verificar o que está
acontecendo com várias ambulâncias do SAMU que estão atiradas dentro de um
depósito, que deveriam estar sendo consertadas. Nós estamos trabalhando e, nos
próximos dias, vai piorar ainda mais, porque nós estamos trabalhando com
verdadeiras sucatas. Eu quero passar isso para os senhores para que vocês
tenham conhecimento e que possam nos ajudar. Hoje, não é mais possível
trabalhar com uma ambulância que não tem condições.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Convidamos o Sr. Paulo Rogério a fazer parte da
Mesa. O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra, nos termos do art. 206
do Regimento.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente Mauro, quero aproveitar a oportunidade
para fazer algumas perguntas pontuais ao Paulo Rogério da Silva, que é
Presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulâncias do Estado do Rio Grande
do Sul. Paulo, o senhor me procurou no gabinete e me mandou e-mails, fazendo questionamentos a
respeito das contratações de ambulâncias no evento do Acampamento Farroupilha.
O senhor disse, em mais de um momento, que não haveria necessidade de as
entidades que promovem o evento contratarem ambulâncias de particulares. Então,
se o senhor tiver oportunidade – não sei como o Presidente vai conduzir, se o
senhor vai responder agora ou depois –, eu gostaria muito que o senhor
aproveitasse esta oportunidade e falasse, até porque temos mais colegas
Vereadores aqui. Obrigado, Sr. Paulo.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Dr. Raul Fraga está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DR. RAUL
FRAGA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, gostaria de saudar
todos os condutores de ambulância, na pessoa do Presidente Paulo Rogério, que
já conhecemos há bastante tempo; é um lutador da causa. Nós participamos até da
fundação do SAMU; estávamos naquele período em que tínhamos três anjos da
guarda na Cidade. E, lá por 1995, pelo Conselho Municipal da Saúde, tive a
oportunidade de representá-lo na fundação do SAMU, que, hoje, está longe de ser
o ideal, mas há um avanço muito grande no atendimento das pessoas em Porto
Alegre e em todo o Brasil. Naquele momento, era praticamente só Porto Alegre,
era uma experiência francesa que veio para cá. A luta de vocês é muito válida.
Sabemos que essa função é muito pesada, muito estressante, e, na medida do
possível, contem conosco para ajudar para que vocês possam avançar, porque, na
realidade, o trabalho de vocês é em prol da comunidade e quem se beneficia com
isso são os cidadãos de Porto Alegre, do Estado e do Brasil. Parabéns.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Carlos Casartelli está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS
CASARTELLI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; Paulo Rogério,
colegas da Prefeitura que estão aqui na plenária; só quero prestar alguns
esclarecimentos. Primeiro, os dados que o Sr. Paulo Rogério mostra identificam
como a Prefeitura de Porto Alegre tem salários bastante razoáveis. Todos nós
achamos sempre que devemos ganhar mais, mas vou citar os dados do colega Paulo
Rogério, colega servidor: um enfermeiro, salário médio, conforme o Paulo
Rogério, R$ 10 mil; técnico de enfermagem, R$ 5 mil; um condutor, R$ 4,1 mil.
Só para fazer o comparativo, eu, médico do Estado do Rio Grande do Sul, da
Secretaria Estadual da Saúde, tenho um salário inferior a esse, eu ganho menos
do que qualquer uma dessas três categorias, como médico do Estado. Isso apenas
demonstra como a Prefeitura tem um padrão de salários muito superior aos do
Estado como aos da maioria das prefeituras do Rio Grande do Sul.
Apenas para esclarecer também, o Regime de
Dedicação Exclusiva não impede que o servidor faça hora extra. O Regime de
Dedicação Exclusiva diz que o servidor tem que estar à disposição do Município
dentro do seu regime de 40 horas – o RDE é um regime de 40 horas –, e deve
trabalhar 40 horas. Se o servidor trabalhar mais do que 40 horas, ele tem, sim,
que receber hora extra. Se as horas extras foram bem ou mal autorizadas, aí é
uma questão do gerenciamento de cada chefia. Apenas quero demonstrar que não
existe na lei que o RDE não possa cumprir hora extra. Existem, muitas vezes,
pareceres inadequados do Tribunal de Contas do Estado em relação a isso.
Quanto ao projeto de lei, que cria o cargo de
condutor, o gabinete da Secretaria de Saúde foi procurado apenas em 2014 para
tratar desse assunto. Eu era Secretário e fiz reunião com os motoristas do
SAMU, concordei plenamente que era necessária a criação desse cargo,
principalmente a partir das mudanças das leis federais, as leis que conduzem o
sistema de funcionamento do SAMU. E, a partir daí, houve uma série de reuniões
entre os motoristas, os condutores do SAMU, a PGM, a SMA e a Secretaria da
Saúde. E, ouvindo esse projeto inicial proposto pelos próprios condutores, que
foi levado à PGM, houve uma discussão ampla e acatando uma série de
reivindicações, inclusive desse grupo de trabalhadores do SAMU, o projeto hoje
está dentro da PGM, dentro da Procuradoria-Geral do Município, para última
avaliação do que lá está colocado, devendo, logo em seguida, ir para a SMA, que
é quem transforma o que foi discutido em projeto de lei para poder ser
encaminhado a esta Casa. Então, o projeto, a partir de 2014, principalmente a
partir da reunião que eu fiz com os condutores do SAMU, ele teve
encaminhamento, sim, durante o ano de 2014 e 2015, com diversas reuniões, e já
está na PGM, na fase final de tramitação para ser encaminhado à SMA para poder
chegar a esta Casa e nós podermos votar. E é, sem dúvida nenhuma, uma
reivindicação justa. Nós só não podemos concordar que se misture uma
reivindicação justa com as demais categorias que também cumprem um trabalho
fundamental dentro do SAMU e da Prefeitura de Porto Alegre. Então o projeto,
Paulo Rogério, está na PGM em fase final de tramitação, em seguida estará na
SMA - nós estamos acompanhando isso, eu e outros Vereadores -, e logo em
seguida estará aqui na Casa para ser votado. Foi só para prestar esses esclarecimentos.
Obrigado a todos e cumprimento os colegas, servidores da Prefeitura de Porto
Alegre.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Nós, enquanto estivemos na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, dois anos
pela nossa Legislatura, a nossa preocupação sempre foi grande com a saúde, e o
senhor sempre esteve presente fazendo as suas reivindicações. E nos preocupam,
nesse primeiro momento, sem maior aprofundamento, essas questões com as
ambulâncias, que deveriam ser padrão, porque lidam com vidas, salvam vidas,
porque se sabe que em questão de frações de segundo se podem salvar vidas. É
muito bem-vindo o tema. E temos as outras
Comissões e demais Vereadores da Casa para dar
seguimento a esse assunto. Parabéns pela sua vinda aqui.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Em nome do meu Partido, Paulo, cumprimento-o e parabenizo-o pela luta, e
também os motoristas. Eu acho que nós estamos falando aqui de vida, que é uma
coisa fundamental, é por isso que a gente luta, pela vida. E eu presenciei vários
momentos na minha vida em que está aquela pessoa necessitando de socorro, por
uma batida de um carro ou coisa assim, e chega o pessoal do SAMU, não importa
quem é o motorista, quem é o médico. O parente dessa pessoa que está ali
assistindo enxerga vocês como salva-vidas. Vocês nos dão uma tranquilidade.
Então, em nome do meu Partido, os parabenizo e vamos estar juntos nessa luta
pela vida. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra, nos termos
do art. 206 do Regimento.
O SR. DR.
THIAGO: Saúdo o Paulo Rogério, os nossos condutores, o Leo - está ali o Leo -,
trabalhamos junto por muito tempo lá na Restinga. Eu quero dizer que vou
analisar com muito cuidado essas suas colocações aqui, com muita cautela. Tenho
muita preocupação com o tempo de resposta, eu acho que o tempo de resposta
também tem relação com o número de veículos aptos a serem conduzidos, tem
relação com o número de servidores trabalhando naquela atividade, por isso sou
favorável ao projeto que vocês já trouxeram aqui na Comissão. Penso que deve
ter uma outra audiência na Comissão para continuar aprofundando essa discussão,
para que essa discussão cada vez fique mais madura nesta Casa, a construção no
cargo de condutor no Município. Vejo a construção do cargo como uma grande
possibilidade de não termos mais terceirização nessa área, o que precariza o
serviço público. Por isso vejo com muito bons olhos, sou favorável ao projeto,
acho que temos que construir bases sólidas para que isso realmente ocorra, para
que, ao fim e ao cabo, a gente possa ter o menor tempo de resposta possível.
Para quem não sabe, o tempo de resposta - para a população que nos ouve e nos
vê na TVCâmara – é o tempo de resposta é o tempo que leva para uma determinação
ser dada do deslocamento da ambulância e ela chegar no seu destino final, e
para que essa pessoa possa ser resgatada e possam ser feitas as manobras que
precisam ser feitas. Infelizmente, as informações que temos demonstram que
mesmo com todo o esforço dos servidores, o tempo de resposta em Porto Alegre
ainda tem sido muito longo. E precisamos, com atitudes como essas, qualificar
cada vez mais o atendimento do SAMU na Cidade e diminuir a precarização do
serviço. A criação do cargo, sem dúvida, diminui a precarização do serviço.
Parabéns pela luta, e contem com a nossa participação. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra, nos termos
do art. 206 do Regimento,
A SRA. MÔNICA
LEAL: Paulo Rogério, falo em nome da Bancada Progressista - Ver. Guilherme
Socias Villela, João Carlos Nedel e Kevin Krieger - e quero fazer o registro
aqui que acompanho, vejo, e escutei a sua fala, das precárias condições de
trabalho, mas é muito importante registrar que essa substituição das
ambulâncias compete ao Governo Federal, ao Ministério da Saúde, que não vem
fazendo. Nós acompanhamos e sabemos que não vem cumprindo a sua parte, por isso
a precariedade e as péssimas condições das ambulâncias. Penso que devemos, sim,
unir forças para buscar o que é justo, o que é de direito. E quero deixar aqui
este registro em nome da Bancada Progressista.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Quero cumprimentar o Paulo, o novo sindicato, os colegas municipários,
os condutores da SAMU, os quais prezamos tanto porque sabemos do trabalho
essencial, delicado, fundamental que realizam, e sabemos as condições, as
dificuldades por que passam, desde a discussão da insalubridade,
periculosidade, enfim, infelizmente sempre em momentos de perdas, como o efeito
cascata, como tudo que vivemos como municipários, mas vocês têm uma
peculiaridade de penosidade muito maior e de falta de valorização. Acho que a
pauta não pode se resumir à construção do cargo, mas o cargo tem que carregar
todo um conjunto de medidas que valorizem o servidor condutor de ambulância, e
passa, sim, pelo compromisso do Governo de gestão da saúde pública, porque
vocês têm muita relação com o HPS, e o HPS vive um drama muito sério de falta
de pessoal, de pressão de atendimento. Esses dias estive lá, de madrugada, e
fiquei com pena dos colegas observando o aspecto físico, a eterna reforma, a
falta de aconchego, de condições de trabalho. É inaceitável, porque isso
deprime o servidor, deprecia o servidor diante da população inclusive. Então,
quero dizer que nós somos parceiros dessa luta, a Bancada do Partido dos
Trabalhadores – Ver. Mauro, Sgarbossa, Kopittke, Comassetto e esta Vereadora –,
queremos fortalecer essa luta porque ela é essencial para a nossa vida, para a
vida da nossa população, mas, em especial, porque respeito ao servidor é uma
questão fundamental para dizer que fazemos um serviço público de qualidade.
Parabéns, boa luta, e vamos às conquistas.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Quero cumprimentar o Paulo Rogério, do Sindicato
dos Condutores de Ambulância do Estado do Rio Grande do Sul; um sindicato novo
– não é, Paulo? –, muito embora a luta seja antiga, o sindicato é recente.
Cumprimento, em nome da Bancada do PSOL – Ver. Prof. Alex e em meu nome –,
todos os trabalhadores que vieram, na tarde de hoje, aqui, à Tribuna Popular
prestigiar, mas, sobretudo, fazer deste espaço também um momento de
mobilização, porque afinal já houve as negociações com o Governo com relação à
criação do cargo. Acho que a política de saúde tem que ser de unificação das
carreiras em saúde. Acho que todos os profissionais são fundamentais nesse
processo de retirada de direitos, de sucateamento das verbas da saúde. Ao mesmo
tempo em que nenhum dos entes federados tem mandado recursos suficientes, e nós
vivemos um verdadeiro caos, nós vemos que os trabalhadores que lidam com a
saúde é que adoecem, porque estão lá na ponta, atendendo a população em
condições precárias. Já foi usado o exemplo do HPS, nós podemos pegar o exemplo
do SAMU, com as ambulâncias mal equipadas, faltando pneus, com os problemas das
próprias condições de trabalho com as quais vocês lidam cotidianamente; a frota
reduzida, porque eu acho que nós precisamos, sim, ter uma frota maior na cidade
de Porto Alegre para conseguir garantir a demanda e diminuir o tempo de
resposta – tu deste o exemplo da Zona Sul, da Restinga e...
O SR. PAULO
ROGÉRIO DA SILVA: Na verdade é geral.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Na verdade é geral. E eu também acho que nós temos
que lutar, evidentemente, para que o Governo Federal mande os recursos para
comprar ambulâncias. E nisso a Prefeitura deveria ter uma posição mais
pró-ativa, de denúncia e de exigência, porque nós estamos falando de entes e de
responsabilidades constitucionais. O Governo Estadual da mesma maneira, que não
investe os 2% em saúde. Mas isso não pode ser argumento para, no jogo de
empurra, o Governo não responder pelas suas atribuições, que, neste caso,
correspondem ao envio de um projeto que cria o cargo e garante as atribuições
como parte de um processo de mobilização de vocês. Porque, no caso específico,
não tem jogo de empurra, está na Procuradoria do Município desde maio; ficaram
de mandar para a Câmara até agosto; nós estamos em outubro e sabemos que esse
processo de garantia de direitos é fundamental à mobilização das categorias e
também de apoios importantes nessa luta.
Parabéns pela pressão, e contem com a gente na luta
para que o projeto da criação do cargo com as atribuições adequadas seja enviado
imediatamente à Câmara de Vereadores. Tenho certeza que vocês já devem estar
cansados diante de tanto processo de negociação e não ter respostas. Eu te ouvi
atentamente. Agora, uma negociação precisa ter o cumprimento da palavra, e o
cumprimento da palavra é que esse projeto chegaria aqui na Câmara de
Vereadores.
Por fim, eu fiquei muito preocupada com a tua
denúncia de que haveria pessoas conduzindo sem carteira de habilitação. Isso é
muito grave, porque o trânsito é estressante, é preciso ter normas e é preciso,
por um lado, ter segurança. Então, eu acho que essa denúncia, Presidente Mauro,
Vereadores da COSMAM, precisa ser, obviamente, averiguada.
Finalizando, quero fazer um registro do meu
reconhecimento ao trabalho de vocês, não só estando Vereadora da Cidade, mas
também como usuária. Por dois momentos as equipes do SAMU salvaram a vida do
meu pai. Eu sempre registro isso, porque eu acho que a gente enxerga nos
trabalhadores que lidam vidas, trabalhadores que são heróis, que lutam, diante
de péssimas condições, pelo que nós temos de mais precioso, que é a vida.
Então, o meu reconhecimento ao trabalho cotidiano de vocês. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Paulinho Motorista está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. PAULINHO
MOTORISTA: Boa tarde, Presidente; boa tarde, Paulo Rogério, Presidente do
Sindicato, e demais trabalhadores aqui presentes. Com certeza, contem com a
Bancada do PSB, falo em nome também do Ver. Airto Ferronato. O Líder do
Governo, o Ver. Kevin Krieger, tem participado das reuniões, está trabalhado em
cima disso, para que se ajuste essa situação. Acompanho o trabalho de vocês há
bastante tempo. Todos sabem que fui motorista de ônibus por 24 anos, então
sempre acompanhei vocês no trânsito, muitas vezes até em certas situações de
ter que passar, Presidente Mauro, por uma avenida, com a sirene ligada – e eu
observando de dentro do ônibus – e o carro da frente parado, com o motorista
escutando som alto, com vidro fechado e tal, e vocês naquela correria, aquela
pressa toda para salvar vida. Acompanhei-os por bastante tempo, sei da situação
que vocês passam no dia a dia, não é brincadeira, não é para qualquer um andar
no trânsito e ter que atender ocorrência de acidentes graves. Por muitas vezes
observei a situação do trabalho de vocês. Quero parabenizá-los e dizer que
estamos à disposição para cooperar no sentido de que gente chegue a uma solução
o mais rápido possível. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Pinheiro): O Ver. Kevin Krieger está com a palavra, nos termos
do art. 206 do Regimento.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Boa tarde. Cumprimento o
Paulo Rogério, é uma satisfação recebê-lo aqui, hoje, na Tribuna Popular, tu,
que estiveste no nosso Gabinete, junto com os futuros condutores de ambulância,
nos solicitando que pudéssemos articular junto ao Governo. Desde então
começamos a ir a inúmeras reuniões de trabalho. Não lembro se foi no mês
passado que estivemos na Secretaria da Saúde, com a Procuradoria-Geral do
Município, com a Secretaria da Administração, e eu representando a Liderança de
Governo e todos os Vereadores da base do Governo. E construímos juntos um
projeto de lei que hoje já está na Procuradoria-Geral do Município. Logo, logo
estará no Gabinete do Vice-Prefeito, que é o ultimo local por onde passam, onde
se revisam os projetos de lei e, logo, logo, estará na Câmara de Vereadores,
para avaliação de todos os partidos políticos. Nós temos feito um esforço muito
grande, avançamos muito, Ver. Delegado Cleiton, na área da saúde ao longo deste
ano. Tivemos aqui o projeto de técnico de enfermagem, temos dois projetos na
Reunião Conjunta das Comissões, de quarta-feira, para os médicos que ficaram
sem os seus recursos da aposentadoria de 2011 a 2015; temos também a criação de
cargos para farmacêuticos; e, se Deus quiser, logo, logo, também teremos a
criação de cargos para os condutores de ambulâncias.
Parabéns pela tua luta, parabéns pela tua dedicação, e parabéns também para o Governo que teve responsabilidade, atendeu aos motoristas, que serão os futuros condutores de ambulância, e a todos que juntos construíram este projeto de lei. Isso é o mais importante: não foi o Governo que fez o projeto de lei, mas o Governo, juntamente com os trabalhadores, que o fizeram. Parabéns a ti e ao Governo por terem essa vontade política e técnica.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Sr. Delegado Cleiton está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Quero dizer apenas algumas palavras, até porque temos um contato muito
forte com o Paulo Rogério e com os condutores, parabenizar pela luta dos
trabalhadores e pela acessibilidade do Governo.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Sr. Paulo Rogério da Silva está com a palavra
para responder a alguns questionamentos.
O SR. PAULO
ROGÉRIO DA SILVA: Respondendo ao Ver. Bernardino, o que me
surpreendeu ao escutar algo numa rádio é que estava sendo investigada a
contratação de ambulâncias para trabalharem dentro do Parque, contratos esses
que vinham sendo feitos sistematicamente. Conversando com os colegas, mais
surpresos ficamos, porque quem faz os atendimentos dentro do Parque foi o SAMU,
sempre foi o SAMU, como o caso de uma pessoa que ingeriu bebida alcoólica e
estava com um pedaço de carne trancado no esôfago – um desses casos eu socorri
com a equipe avançada. Então, é surpreendente essa questão, porque nós sempre
atendemos ali dentro, e continuamos atendendo, é o SAMU que faz isso. Não
entendi, até hoje, o porquê dessa contratação. Acho que pode ser discutida essa
questão em outro momento. Como disse para o senhor e para esta Casa, eu acho
que tem que ser solicitado junto ao SAMU todos os atendimentos feitos dentro do
Parque Farroupilha nesse período de festejos. Porque a realidade é esta: nós
sempre tivemos atendimento do SAMU ali dentro.
Não sei se ajudei, mas é isso aí. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Agradecemos a presença do Presidente Paulo Rogério
e demais condutores, que considero profissionais da saúde também. Sejam sempre
bem-vindos a esta Casa. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h04min.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 15h05min): Estão reabertos os trabalhos.
O Ver. Márcio Bins Ely solicita Licença Para Tratamento de Saúde no dia 8 de outubro de 2015.
Apregoo o Requerimento de autoria do Ver. Marcelo
Sgarbossa, solicitando renovação de votação do PLCL nº 006/14.
O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. RODRIGO
MARONI: Boa tarde, Presidente Mauro Pinheiro e demais colegas, funcionários da
Câmara Municipal, pessoal da saúde que está se retirando do plenário – quero
agradecer a presença de vocês. É uma pauta muito importante. Nós, aqui na
Câmara, temos dois ou três Vereadores vinculados à saúde, o que é muito
importante, porque fortalece esse tema. E é um tema bastante importante não só
para o Município de Porto Alegre, mas para qualquer população em qualquer
cidade.
Queria falar hoje, também para o público que nos assiste, da
ONG Coração Vira-Lata, que faz um trabalho que é destaque nos meios de
comunicação hoje, por visitar as crianças do Hospital Conceição, hospital em
que, em 1981, eu nasci – está aqui o médico Dr. Ayub. E eu fico muito feliz,
porque, desde que assumi aqui o mandato, uma das coisas que procurei estimular
desde o primeiro dia, da primeira semana, quando tinha marcado minhas primeiras
agendas como Vereador, visitando asilos e hospitais de crianças com câncer, foi
o debate que eu fazia sobre a importância de fazer esse cruzamento entre
pessoas idosas e crianças que estão passando por um desafio de vida e a
vinculação com os animais. Está mais do que comprovado que os animais, em
diversos aspectos, favorecem e fortalecem a saúde dessas pessoas, como, de um
modo geral, de todas as pessoas. Dr. Ayub, o senhor é uma pessoa de bastante
experiência, que tem todo um histórico dentro da saúde; consulto, inclusive,
com o Dr. Samuel, que é outra pessoa querida e com quem eu falo bastante sobre
isso e que, inclusive, adaptou no seu meio clínico de orientação de protocolo a
questão da vinculação com animais, é comprovado hoje que as pessoas que
convivem com animais alongam a sua vida em dez, 15, 20 anos. Terapias para
autismo, depressão, Alzheimer, doenças cardíacas, transtorno de ansiedade,
transtorno de déficit de atenção, hiperatividade... Eu era hiperativo e tinha
déficit de atenção quando criança, talvez tenha até hoje, e, na minha época –
estou falando há 20 anos –, era mais difícil, porque a Psicologia e a
Psiquiatria estavam ainda muito incipiente nesse tema e não havia toda essa
proposta de solucionar os problemas com terapias alternativas, além dos
medicamentos e dos remédios. E os animais entram em todas essas terapias, e eu
fiquei muito feliz em ver que a ONG Vira-Lata tratou as crianças do Hospital
Conceição e fez esse trabalho, vai continuar tratando, e espero que muitos
asilos e hospitais, como eu vinha falando, adaptem também esse tipo de terapia,
que é muito importante para todo esse setor e esse percentual da população.
Também queria falar, e isso é fundamental, da importância de
a cidade de Porto Alegre voltar a ter uma desburocratização para as feiras de
adoção de animais. Lamentavelmente, Dr. Ayub, nós temos um “entupimento” de
animais em muitas protetoras e protetores, e essa é uma situação muito triste,
porque essas pessoas passam por um processo de dificuldade de fazer a doação
dos animais. Hoje, para se fazer doação de animais, tem que ter todo um
protocolo, o que acaba inviabilizando os animais de serem adotados. E isso não
serve, porque, na verdade, se a gente estimula tanto, que tem tantos animais
abandonados, nós estimulamos tanto, que o Município, como todos os Municípios
não tem verba pública para cumprir o seu papel na totalidade - que é uma
realidade não só de Porto Alegre, não é a culpa aqui de um ou de outro - nós
temos que estimular a adoção das mais diversas formas. Eu coloquei alguns dias
e estou procurando, o time do Sport Club Internacional e do Grêmio Foot-Ball
Porto Alegrense, como teve em São Paulo, para entrar com os animais vira-latas
dentro do campo para estimular a adoção; assim como os shopping centers de terem a liberação, serem estimulados através de
algum mecanismo, e eu quero tratar isso com o Secretário Maurício Oliveira, de
fazer adoção de animais. Eu lembro da minha infância, quando tinha adoção de
animais no Shopping Iguatemi, de ir nessa visita e fazer, assim como as escolas
municipais, também, fazerem as doações a partir de seus alunos...
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Passamos às
O Ver. Márcio Bins Ely está com a
palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente.
(O Ver. Delegado Cleiton assume a presidência dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado
Cleiton): O Ver.
Mauro Pinheiro está com a palavra em Comunicações.
O SR. MAURO PINHEIRO: Ver. Delegado Cleiton, presidindo
os trabalhos; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras; público que nos assiste pelo
Canal 16; público das galerias, quero aproveitar este período de Comunicações,
até para não ficar muito longe da tribuna, não é, Ver. Mendes Ribeiro? Quando
estamos no período de Comunicações, presidindo, poucas vezes a gente tem o
privilégio de estar aqui na tribuna.
Ontem falei, rapidamente, na presidência dos trabalhos,
que, no dia 14 de outubro, nós vamos, aqui na Câmara Municipal de Porto Alegre,
junto com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, com o Tecnopuc e com o
Parlamento Metropolitano, trazer uma palestra sobre um novo modelo de Cidade, o
exemplo de Barcelona no projeto 22@Barcelona aqui na Câmara Municipal. Vamos
trazer o Josep Piqué, que é Vice-Presidente da Associação Internacional dos
Parques Científicos e Áreas de Inovação – IASP, e atuou por 25 anos como
Secretário de Crescimento Econômico e Inovação da cidade de Barcelona e Diretor
da Oficina de Crescimento Econômico do projeto 22@Barcelona. Então o evento
ocorrerá no dia 14 de outubro de 2015, às 19h, aqui na nossa Câmara Municipal.
Quero aproveitar para convidar todos, não só os
Vereadores da nossa Câmara como também a população em geral, principalmente
aquelas pessoas que têm a ver com nosso 4º Distrito, que é muito próximo do
@22. Nós tivemos a oportunidade, eu e o Ver. Kevin, junto com a PUC, com o
Professor Jorge Audy, com o Secretário da Fazenda, Jorge Tonetto, e vários
outros representantes empresariais, de conhecer o @22 e conversar com o Piqué,
e ele nos demonstrou como foi feito o projeto em Barcelona e como desenvolveram
uma região totalmente degradada em Barcelona e que hoje está recuperada.
Então eu acho que é uma grande oportunidade,
principalmente para as pessoas que têm ligação com o assunto: arquitetos,
engenheiros, pessoas que residem na área do 4º Distrito, os empresários que têm
seus negócios ali, para que a gente possa escutar como foi feita essa
revitalização em Barcelona e que esse bom exemplo possa ser usado aqui na
cidade de Porto Alegre.
Também acho interessante os Vereadores
participarem, para que a gente possa construir, de forma pluripartidária, uma
recuperação do nosso 4º Distrito, uma área que está muito degradada por ser
área que, há alguns anos, era industrial, com prédios grandes que estão
mal-utilizados hoje e que nós podemos, através da Câmara Municipal junto com a Prefeitura e com todos os empresários, com o Sinduscon, com
o IAB, os empresários da Associação do Humaitá/Navegantes, que possamos
construir juntos para buscar a revitalização de uma área tão nobre da nossa
Cidade. O 4º Distrito é uma área muito próxima do Centro, próxima do Guaíba, e
podemos melhorá-la muito. Fica esse convite para as universidades,
principalmente para os alunos de Arquitetura, de Urbanismo, para participarem
dessa palestra com o Piqué aqui na quarta-feira, às 19h, será totalmente
gratuita, com o apoio da Tecnopuc, da Prefeitura Municipal de Porto Alegre,
para abrirmos os nossos horizontes para melhor utilizarmos áreas como essa.
Estão em andamento várias obras no entorno, como a revitalização do Cais, a
revitalização da orla. O 4º Distrito, sendo tão próximo dessas áreas, temos que
pensar também na sua revitalização. O 4º Distrito é uma entrada da Cidade e,
com certeza, temos que dialogar com a Região Metropolitana, com nossos
municípios vizinhos, sobre essa revitalização, porque eles entram por ali e não
podemos mais ver a Cidade como uma ilha, mas, sim, como parte da Região
Metropolitana. Então deixamos o convite...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. MAURO PINHEIRO: ...para, na próxima quarta-feira, às 19h, aqui na nossa Câmara,
assistirem uma palestra bastante interessante que abrirá novos horizontes para
a cidade de Porto Alegre. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Mauro
Pinheiro reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Mônica
Leal está com a palavra em Comunicações.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; quem nos assiste através da TV
Câmara, eu não poderia, de forma alguma, até porque a minha origem é de comunicadora,
jornalista, de acompanhar atentamente as notícias do Brasil. E notícias só
acontecem através de fatos, e nós temos um escandaloso fato na política. E eu, antes de entrar nessa questão, quero despertar
a memória dos senhores e das senhoras, quando a Presidente Dilma falou na ONU
que o Brasil chegou ao limite. Ela também disse que o Brasil chegou no limite
econômico, em limite de gastos, em limite de crédito, em limite de arrecadação.
Ela só não falou que o Brasil chegou ao limite de exaustão com a falta de ética
desta Presidente e dos componentes do seu governo. E aqui, esta Vereadora,
humilde Vereadora, ocupa a tribuna desta Casa, da Câmara da Capital do Rio
Grande do Sul, para dizer que o básico na vida de um gestor é o compromisso, o
rigor com o dinheiro público. Eu vou citar com um exemplo muito simples: a
minha gestão na Secretaria de Estado da Cultura foi pautada pelo zelo com o
dinheiro público, acima de tudo, e isso era aplicado em todos os setores e
ações da pasta. Eu sempre confiei na Justiça, talvez de uma forma extremamente
forte e profunda, porque venho de uma família de advogados. Sou mãe de
advogado, esposa de advogado, irmã de advogado, enfim, mãe de uma Procuradora
Federal; eu sempre confiei na Justiça. E a notícia da reprovação das contas da
Presidente Dilma lavou a minha alma, de uma forma muito simples, eu vou citar os dois fatores que me chamaram a atenção em tudo que eu escutei:
primeiro, é um Governo sem escrúpulos, sem limites; que abusou de toda a forma
de colocar a mão no dinheiro público; R$ 40 bilhões, até agora, é o total das
pedaladas fiscais. E o que são pedaladas fiscais, termo popularmente chamado?
São manobras contábeis que teriam o objetivo de melhorar o resultado das contas
públicas, ou seja, ajudar o Governo a fazer parecer que havia um equilíbrio
maior entre seus gastos e suas despesas. Teriam sido segurados cerca de R$ 40
bilhões no Seguro-Desemprego; no programa Minha Casa, Minha Vida; no Bolsa
Família; no programa de Sustentação do Investimento – PSI e crédito agrícola,
segundo o Tribunal de Contas da União. As pedaladas fiscais da Presidente Dilma
deixam claro que o PT...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o final do seu
pronunciamento.)
A SRA. MÔNICA LEAL: ...A desaprovação das contas da Presidente e de seu Governo... Lavo
minha alma em termos de acreditar na Justiça. O agente público, desde o menor
agente público, tem que ter – na sua conduta – a ética, a retidão, o
compromisso, o zelo, o rigor com o dinheiro público! Com o dinheiro público não
se pode fazer nada a não ser reverter para o público de forma a respeitar a
lei.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Mônica Leal prossegue a sua manifestação,
a partir deste momento, para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MÔNICA LEAL: Dois fatores graves me chamaram muito a atenção nessa questão toda da
análise. Eu acompanhei profundamente toda a votação, as manifestações, e dois
fatos são muito graves nessa questão do apontamento do TCU, prestem bem
atenção: primeiro, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de abrir
investigação sobre as contas da campanha eleitoral, de 2014, da Presidente
Dilma; a segunda é a recomendação do TCU para o Congresso para que reprove as
contas de 2014 do Governo Federal.
Então, vejam bem: todos nós sabíamos; todos nós, eu
digo, os leitores, as pessoas que têm um mínimo de interesse pela vida do
Brasil tinham este sentimento de que algo estava errado.
Foi uma campanha feita em mentiras. Agora, o
Tribunal de Contas da União rejeita por unanimidade as contas de um Governo que
fraudou as eleições!
Olhem, senhores, entre um misto de chocada,
surpresa, triste, eu sinto que vem uma luz de esperança aos brasileiros, que
não aguentam mais impostos e que nada têm: não têm saúde, não têm segurança,
não têm educação. Isso que a Pátria é a Pátria educadora! Eu me lembro quando a
Presidente Dilma, então candidata, foi para a mídia e disse que o Brasil seria
a Pátria educadora.
O País não aguenta mais! Só que a Presidente Dilma
foi à ONU e disse que o Brasil chegou no limite, no limite econômico, de
créditos, enfim. Ela esqueceu de dizer algo básico para um gestor público: sim,
Presidente, o Brasil chegou no limite de aguentar tamanha corrupção, mentiras,
descaso com o povo, do início ao fim.
São muitas as notícias sobre as quais eu poderia
aqui discorrer, mas eu vou finalizar dizendo que entre chocada, triste,
surpresa com o quadro nacional do Governo – não votei, jamais votaria na
Presidente e no seu partido, mas, quando ela se elegeu Presidente, por uma
questão de disciplina, de criação, eu respeitei o resultado das urnas. Na
segunda eleição, nós vimos como se desencadearam, como transcorreram as
eleições. E aquilo já me chamou a atenção. Agora, eu tenho um sentimento de
esperança, como a maioria dos brasileiros, de que a justiça existe e que este é
um momento único na vida política brasileira, o momento de depuração dos maus
políticos, sejam eles dos partidos que forem. Não importa a sigla, o importante
é a depuração dos maus políticos.
Eu queria fazer este desabafo porque nós temos, em
todos os jornais, a rejeição, por unanimidade, das contas de uma Presidente do
Brasil. E, na minha opinião, o Brasil é um País muito bom, o que falta a ele é
ser conduzido por gente honesta. Muita obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Paulo Brum está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Mendes Ribeiro está com a palavra em
Comunicações.
O SR. MENDES
RIBEIRO: Sr. Presidente, colegas Vereadoras, Vereadores, público que nos
acompanha nas galerias e pela TVCâmara, não poderia deixar de ocupar este
período de Comunicações para falar de um assunto extremamente importante para
mim e para minha vida. Semanas atrás, tomei a decisão de adotar o meu sobrenome
como primeiro e único nome na vida pública. Ao fazer isso, Ver. Bosco,
simbolicamente, eu estava prestando uma homenagem ao legado de meu pai, do meu
avô e de todos os que escolheram caminhar ao lado deles. Sempre fui Mendes
Ribeiro, com muito orgulho, e também muito consciente de que teria que atender
às mais altas expectativas, ainda mais depois de escolher a mesma trilha
profissional. A diferença é que agora preciso não apenas honrar, mas também
acrescentar novas páginas à história de minha família. Minhas propostas, meus
debates, minhas ideias, meus percalços são capítulos inéditos que devem ser
acrescidos ao patrimônio público, construídos sob a alcunha do Mendes, do
Mendinho, do Mendes Ribeiro.
Este ano perdi meu pai, homem que não se cansava de
dizer o quanto era grato a esta Casa que o viu dar os primeiros passos na
política. Aqui foi feliz, combativo e, principalmente, amigo dos amigos. Daqui
levou o que seria para sempre sua marca, o diálogo com as pessoas, com as
cidades e, sobretudo, com a sua Cidade. A mesma Cidade, a mesma Porto Alegre
que hoje nós, Vereadores, lutamos para continuar construindo. Pois é este ano
de dor e aprendizado que pede essa minha atitude; a vida continua. E uma frase
que o Vice-Prefeito Sebastião Melo fala muito: a luta continua. Obrigado, vô,
obrigado, pai, obrigado a todos que sempre associaram o nosso sobrenome ao
trabalho. A vocês eu digo, com muita honra e compromisso: agora o trabalho é
comigo. Muito obrigado pela atenção. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Pinheiro): O Ver. Waldir Canal está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) Ausente. A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra em
Comunicações.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, está em primeira Sessão
de Pauta um projeto que eu apresentei com base em muitas reclamações que
chegaram por fatos ocorridos, que podem parecer simplistas, mas não são devido
à falta de espaço que o IBAMA hoje não disponibiliza para o caso o tráfico de
animais, tráfico de rinhas, principalmente em cidades da grande Porto Alegre.
Muitos protestos existem, inclusive ações de ONGs, do Interior, sobre os casos
de extermínio, quando há rinhas de galo, por exemplo. Nós tivemos,
recentemente, um caso em Lajeado, tivemos também em outros Estados. Os resgates
não são só nas rinhas dos criadores de galos de rinha, pois também tem sido
constatado que isso não está totalmente abolido. Então apresentei um projeto –
já prevendo uma SETAS em Porto Alegre, pois atualmente, no Estado, só há em
Santa Maria – para a prevenção, no momento de apreensão, que o Ibama e o
Município, nos casos de Porto Alegre, tenham alguma coisa já prevista para
alojar esses animais e não encaminhar para o extermínio, porque nós sabemos que
a lei federal não permite mais o extermínio. Então, eu apresentei um projeto de
lei determinando, em caso de apreensão, principalmente de animais de rinhas,
que sejam encaminhados para albergagem ou doações, proibindo o seu abate, que é
isso que acontece: fazem o abate imediato desses animais que são criados para
visar lucro em nome do sofrimento animal.
Também quero salientar que temos rinhas, sim, de
cães na Grande Porto Alegre, no extremo-sul da Cidade, e que essas são
denúncias que nos chegam e que nós, da proteção animal, embora sem provas,
tomamos as providências de encaminhar para polícia, porque não cabe a nós sair
fazendo fiscalização sem ter a competência de tomar essas providências e nos
colocando em risco no momento em que vai se enfrentar pessoas que não seguem a
legislação e tratam os animais como se fossem objetos. Há filmes, como o filme
internacional onde foram mostradas rinhas de pit bull, e é algo que só uma
pessoa que não tem sentimento não se choca, porque é violento. Esse filme
passou e, assim que terminou, o FBI prendeu, e deve estar preso até hoje, o
organizador, porque é uma grande organização que faz mediante senhas e de
difícil flagrante. Aqui nós temos mais seguidamente o caso das rinhas de galo,
como foi o caso em Lajeado. A proteção animal não permitiu o extermínio dos
animais, lutou para não serem exterminados, mas foi o que aconteceu por
determinação, inclusive, da Justiça, por faltar local para alojá-los, porque é
algo muito novo galos de rinha ficarem albergados. Nós procuramos apresentar
aqui projetos para que quem tem alguma proteção da causa pudesse avaliar e
aprovar porque isso é um contexto e nós estamos tentando fechar todos os
caminhos para buscar a legalização dessas providências. Quero dizer que eu
fiquei muito decepcionada porque, das emendas que apresentei ontem sobre a
proteção animal, nenhuma foi aprovada. Quero dizer que apresentar três mil e
poucas esterilizações, seria melhor fechar a SEDA, porque três mil e poucas
esterilizações as ONGs fazem. Temos uma Secretaria com recursos humanos, com
carros, com orçamento que a gente sempre luta para aumentar, e colocam as três
mil e poucas esterilizações num fundo...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
A SRA. LOURDES
SPRENGER: ...que não tem nenhum recurso, que não tem nenhum
centavo, que vai aguardar captação, colocam três mil e poucas esterilizações
que nada vai resolver. Mesmo que não fosse nessa ação, isso é colocar dinheiro
público fora, porque a procriação é muito rápida, e, no mínimo, numa Cidade
como a nossa, teríamos que ter 10 mil esterilizações escritas. Isso é que é
gestão para políticas públicas e para animais domésticos. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra em
Comunicações, e, depois, prossegue para uma Comunicação de Líder.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Quero cumprimentar aqui o Presidente Mauro Pinheiro, os colegas
Vereadores e Vereadoras, e todos os que nos assistem aqui no plenário, ou mesmo
pelo Canal 16; quero falar aqui sobre dois temas. O primeiro deles dando
continuidade ao convite que fez o Presidente para que, no próximo dia 14,
possamos dialogar aqui nesta Câmara com os nossos visitantes de Barcelona sobre
as inovações possíveis numa Cidade. Sobre isso, quero voltar ao tema que
debatíamos ontem na LDO: Porto Alegre perdeu e vem perdendo a sua capacidade de
inovação. Porto Alegre, no seu sistema de mobilidade urbana, tem um sistema
pautado unicamente no pneu e no óleo diesel, que são os ônibus e as lotações.
Não fizemos, em nenhum momento, um estudo, um trabalho, para que possamos ter
os trens em Porto Alegre, sejam os veículos leves sobre trilhos, sejam os
trens, seja o famoso e anunciado catamarã, que inclusive iria para a Zona Sul
da Cidade. Porto Alegre está deixando de ter um potencial que venha a
reestruturar a sua Cidade. Porto Alegre vem perdendo a sua capacidade de
planejamento, tanto que nesse momento a arrecadação da Transmissão de Bens
Intervivos – ITBI diminuiu 8,5% neste ano, devido a uma falta de estruturação
no licenciamento e aprovação de projetos na Cidade.
Também quero falar da não aplicação do Estatuto das
Cidades e da regularização fundiária. Nós temos 750 vilas irregulares em Porto
Alegre. Isso é inconcebível. Todos nós podemos fazer aqui este debate: por que
Porto Alegre vem perdendo o seu papel no cenário nacional? Por que Porto Alegre
vem perdendo o seu papel no cenário internacional? Por que Porto Alegre deixou
de existir como uma referência, como já o foi, principalmente quando foi
implantado aqui o Fórum Social Mundial, que foi e ainda é referência e
lembrança para todo mundo? Portanto, Sr. Presidente, conte conosco para esse
debate na inovação da cidade de Porto Alegre. Porto Alegre está necessitando e
precisa de um choque de inovação de qualidade e de reestruturação.
O segundo tema, minha prezada Ver.ª Sofia Cavedon,
como sou um homem de partido, o meu é o Partido dos Trabalhadores, do qual
muito me orgulho; quero falar, principalmente, à Ver.ª Mônica Leal, que nós
todos sabemos, o Rio Grande sabe qual é a sua origem, como a senhora se
constituiu e qual a forma do seu pensamento na política, que está pautada lá na
ditadura militar, no seu grupo do Rio Grande do Sul, neste momento, no Van
Hattem, que destila ódio, que é o representante do fascismo no Rio Grande do
Sul. Van Hattem, Suplente de Deputado, que vem pregando, inclusive em todas as
instâncias, nas universidades, a discriminação racial, que vem pregando uma
postura de ódio, uma postura de xenofobia. Tanto que hoje pela manhã, na
Reunião de Lideranças, a senhora aqui, nesta Casa, vinha a exigir um debate
para que fossem expulsos do plenário os manifestantes que vêm aqui se
manifestar. Portanto, essa postura está no DNA da sua política, da sua postura
de fazer política, e nós temos que debater isso. Agora, a senhora não veio aqui
dizer que o seu ex-Deputado da ARENA, que agora é do Tribunal de Contas da
União, está sendo acusado de corrupção na Operação Zelotes por receber R$ 1,65
milhão. A senhora não veio aqui dizer! Portanto, ontem foi verdade: nós tivemos
um Ministro-Relator acusado de corrupção, julgando uma Presidente honesta. Essa
é a discussão, isso é que está em debate e nós não podemos fugir disso. Eu
quero que a senhora venha aqui dizer um crime da Presidente Dilma na gestão
deste País. O crime que ela tem cometido é fazer com que 42 milhões de
habitantes saiam da linha da miséria e sejam incluídos nessa possibilidade de
ser cidadão brasileiro. Ela já entregou 3 milhões de casas, para quem não tinha
casa. Tem um programa chamado Bolsa Família, cujos recursos públicos foram a
ele destinados, assim como fez Fernando Henrique Cardoso, assim como fizeram
todos os presidentes, desde Getúlio Vargas. Portanto, não tem nada de inovação
nos procedimentos da aplicação dos recursos públicos no Brasil, o que tem é
para quem foram destinados esses recursos públicos, que não foram somente para
a elite brasileira. Eu nunca vi a senhora vir aqui, como jornalista, cobrar da
RBS, que sonegou e sonega R$ 750 milhões dos cofres públicos, que está na
Operação Zelotes. Eu nunca vi a senhora vir aqui cobrar isso, que é dinheiro
que está faltando na saúde. Portanto, esse é o debate que temos que fazer. Nós
não temos problema em vir aqui e cobrar da RBS onde está o dinheiro sonegado, o
dinheiro público no Rio Grande do Sul, o dinheiro público no Brasil. É isso que
temos que combater.
Por último, Sr. Presidente, quero aqui cumprimentar
o Ver. Mendes Ribeiro, que adotou o nome do seu pai e do seu avô na política, e
dizer que a última vez em que estive com o Mendes Ribeiro, foi juntamente com a
Presidente Dilma. Naquele evento no Plaza São Rafael, a Presidente Dilma disse:
“O Mendesinho que aqui está, é o exemplo de postura política, mesmo não sendo
do meu partido, nele estabeleci confiança e tive retribuição. Que todos os
políticos fossem iguais ao Mendes Ribeiro”, palavras da Presidenta Dilma
Rousseff no evento do Plaza São Rafael, quando tive oportunidade de estar junto
com o seu pai. Obviamente, nós temos aqui convivido com o senhor e
reconhecemos, respeitosamente, a postura e as posições que tem tido aqui neste
plenário, que trazem a continuidade da política que o seu pai e seu avô
desenvolveram e implementam no Rio Grande do Sul, algo que se constituiu como representação
de política. E não temos problema, não temos que ter medo de fazer debates na
política, mas um debate respeitoso. O debate que faço aqui com a Ver.ª Mônica
sempre foi e sempre será respeitoso, mas estamos em lados diferentes, estamos
em campos diferentes. Eu jamais defenderei a ditadura militar, jamais
defenderei a pena de morte, jamais defenderei expulsar visitantes do plenário
desta Casa. Eu jamais defenderei que as elites sejam protegidas em detrimento
da população, em detrimento dos pobres, em detrimento dos negros e daqueles que
não têm e não tiverem condições sociais de ascensão. Aí está a nossa diferença.
Por isso defendo a Presidenta Dilma, como sempre defendi, e essa é uma postura
partidária e de conteúdo, não é uma postura qualquer, não é uma postura vulgar.
Agora, eu não posso deixar de perguntar à senhora: por que a senhora não vem a
este Plenário dizer que os piores índices da segurança pública do Rio Grande do
Sul estão acontecendo neste momento do Governo Sartori, um Governo que a senhora
compõe? Do Governo Sartori, que a senhora defendeu; do Governo Sartori, que
retirou os benefícios da segurança pública do Rio Grande do Sul. Isso tem que
ser debatido. Ou nós precisamos debater ou não precisamos debater isso? Tem que
dizer que, neste momento, Porto Alegre, em relação aos últimos 30 anos, está
tendo a maior incidência criminal de todos os tempos. E não vi mais a senhora
vir aqui, e vinha todo dia criticar e acusar o Governo Tarso Genro no campo da
segurança. Agora, pergunte a todos os trabalhadores da segurança qual é o
melhor Governo, se o Governo Tarso Genro ou Governo Sartori. Cada um tem sua
opção política, mas, quando tem, tem que a defender e não se esconder quando as
coisas não estão corretas. Eu estou aqui representando o meu partido, não temos
problema com o debate, o debate é para ser feito na Casa, e este é o
Parlamento, que é o lugar de parlar,
de conversar e defender as opiniões. Minha prezada Ver.ª Mônica Leal,
continuaremos fazendo um debate forte, sincero, honesto e respeitoso como
sempre fizemos. Um grande abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra em
Comunicações.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores; público que nos assiste nas galerias e
pela TVCâmara, venho aqui, neste momento de debate caloroso do qual não vou
participar, porque acho que em algumas questões partidárias nós temos grandes
homens, independente de partido político, e também temos grandes canalhas,
independente de partido político. Estamos vendo, no decorrer dessas
investigações, o que está acontecendo: o Presidente da Câmara Federal negando,
de pés juntos, que não tem contas na Suíça; enquanto foram descobertas quatro
contas naquele país! Vou falar um pouco e elogiar os policiais civis, e, em
nome do Denarc, eu gostaria de parabenizar todos os
policiais. Nós tivemos agora algumas operações para mostrar para a comunidade
um sentimento de segurança, com todas as carências e dificuldades que a Polícia
Civil tem. Agora mesmo, eu estava vindo para a tribuna quando um senhor me
abordou – vinha com o Ver. Reginaldo Pujol e parou para me abordar – para dizer
que foi num enterro, ontem, no Cemitério São Miguel e Almas, e, na saída, dez
carros estavam com os vidros quebrados e tinham sido roubados os utensílios de
seus interiores. Relatou também que quando ele foi ao local que arrumava
vidros, o proprietário disse que só neste mês estiveram lá mais de 50 carros,
devido à falta de segurança pública na cidade de Porto Alegre.
Mesmo assim,
senhores, o trabalho de investigação – e aqui vou abrir um parêntese: existe
uma falta muito grande de policiais militares. Então, tem que ser reestruturado
para que os policiais militares efetivamente exerçam a função de polícia
ostensiva. Nos locais por onde andamos na cidade de Porto Alegre temos visto
poucos policiais nas ruas. Polícia militar é para polícia ostensiva, é para
estar naquele local e o bandido dizer: “Eu não vou ali porque eu respeito, e
ali tem polícia.”
Então, quero
elogiar o trabalho do Denarc, que esteve na Restinga, senhores, buscando apurar
uma denúncia que é daqui também, uma denúncia que eu faço, que eu acho que a
Polícia Federal tinha que tomar conta, ir nesses loteamentos do Minha Casa,
Minha Vida e fazer uma apuração geral nas casas, que muitas vezes são tomadas
por traficantes, e fazer uma apuração geral nas casas que também são vendidas e
onde não mora quem realmente precisa. Então temos que atuar. E eu parabenizo à
Polícia Civil por ter feito isso. E volto a parabenizar no momento em que fizeram uma operação padrão, que veio a atingir o bolso da bandidagem,
que foi a Operação Laranja Mecânica. A operação que...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente
concede tempo para o término do pronunciamento.)
O
SR. DELEGADO CLEITON: ...buscou sequestrar
bens de traficantes, do traficante que tinha a sua base ali no Condomínio Santa
Isabel. O que deverá ser feito, e eu rogo para que todos os delegados, a partir
de então - e eu sei que na sua maioria o fazem -, é que busquem atingir o bolso
desses indivíduos. Para que quando eles entrarem no presídio, senhores, não
continuem a administrar, com suas rendas e seus bens, o que foi adquirido
através de um ato criminoso. Vamos acabar, pegar o mal pela raiz, pegar o mal
pelo bolso. Isso, sim, toca o sentimento deles. Porque matar, roubar,
sequestrar, estuprar não toca o sentimento dessa criminalidade. O que toca,
realmente, é no bolso, é sequestrar os bens, fazer com que esses senhores não
tenham dinheiro para pagar o melhor advogado; fazer com que esses senhores, de
dentro da cadeia, não repassem o dinheiro para continuar a sua ação criminosa.
Essa é a forma exata de atacar. Parabenizo a Direção do Denarc, parabenizo a
Direção da instituição Polícia Civil, o meu querido amigo, o chefe Wondracek, e
tenho muito orgulho...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Delegado Cleiton prossegue a sua manifestação, a partir deste
momento, para uma Comunicação de Líder.
O SR. DELEGADO CLEITON: Agradeço a todos os
meus colegas do PDT que estão presentes, que me facultaram continuar falando através da
Liderança, em seus nomes, Vereadores do PDT, obrigado.
Quero dizer que é uma forma de combater a
criminalidade, mesmo com todas as dificuldades, senhores, mesmo recebendo, no
mês passado, em três vezes, mesmo recebendo o mês inteiro R$ 600,00 vindo em
três parcelas, mesmo com a falta de investimento. E aqui não estou criticando o
atual Governo, porque é uma bola de neve, mas estou criticando a falta de
investimento e que os partidos políticos fazem na segurança pública. E, na
época da eleição, é o que mais se fala, senhores: saúde, educação e segurança.
E, quando bate na porta do eleitor, se fala em segurança pública, se fala em
investimentos em segurança pública, se fala em plano de investimento para a
segurança pública. Depois, infelizmente, não se torna plano de Estado; nós
temos que ter um planejamento de Estado em cima da segurança pública. Não
podemos mais conviver como estamos, senhores, com o maior índice de roubo e
furto de veículos, com índice alarmante de homicídios. A comunidade, o povo já
não está mais aguentando isso. Nós recebemos e-mails, nós recebemos telefonemas a todo momento, o Gabinete
recebe a todo momento, verificando o que está sendo feito pelo Município, o que
está sendo feito pelo Estado em torno da segurança pública. Então, nós temos
que ter uma política de Estado, senhores, nós temos que ter investimentos de
Estado, nós temos que ter coerência e respeito à segurança pública, porque
respeitando segurança pública, nós estaremos respeitando o cidadão – cada um
que votou e que apostou num Governo e que apostou que o Governo traria um
sentimento, pelo menos, de segurança pública. Já não aguentamos mais moradias
cheias de grades, já não aguentamos mais estar pagando imposto de segurança
pública e termos segurança particular na nossa rua, já não aguentamos mais
transformar a nossa casa num Big Brother, já não aguentamos mais esse
sentimento de, ao chegar em casa, termos que dar duas voltas na frente de casa
para ver se podemos descer do nosso carro dentro da nossa casa, senhores.
Então eu peço aqui um apoio. Nós protocolamos uma
Moção de Solidariedade a esses policiais que efetuaram essas belíssimas operações,
e gostaria que todos os Vereadores aqui contribuíssem para que eles ficassem
sabendo que nós sabemos, sim, do trabalho que está sendo efetuado pela Polícia
Civil, do trabalho que está sendo efetuado pela Brigada Militar e que esses
devem ser, realmente, valorizados. E investimento em cima da segurança pública!
Obrigado, senhores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra em
Comunicações e, depois, prossegue para uma Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, eu quero parabenizar,
como o Delegado Cleiton disse, a nossa Polícia Civil, pelo que fizeram ontem em
Porto Alegre, juntamente com a Brigada Militar – pelo que têm feito. Apesar das
condições impostas, têm tentado manter a ordem na nossa Cidade, e ontem fizeram
aí uma grande apreensão.
Mas eu quero voltar aqui ao assunto que estava
nesta tribuna, que é a questão da pedalada fiscal da Presidente Dilma. Pedalou,
pedalou e dançou. Ontem, por unanimidade, o Tribunal de Contas da União
reprovou as contas da Presidente. E não adianta querer desqualificar o
relatório, dizer que o Ministro está envolvido na Zelotes. Na Zelotes estão
envolvidos membros que, até há pouco tempo, eram pensadores dos Governos Dilma
e Lula. Consultores do Governo Dilma e do Governo Lula estão lá envolvidos na
Zelotes. E este Governo tem uma prática que se vê muito, Ver.ª Fernanda e Ver.
Alex, nós, que temos participado de muitos atos pedindo que as podridões deste
País saiam de baixo do tapete, que venham a público. Muitos atos têm sido
feitos neste País pedindo que as coisas apareçam. Neste Governo, não vamos nos
surpreender se isso não virar crime, como ocorre na Venezuela, onde o Leopoldo
López, líder da oposição, é tratado como criminoso. Ele foi condenado, porque
estava presente em um ato em que ocorreu uma pancadaria quando morreram três,
quatro pessoas; ele cumpre pena por ter incentivado o ato, a baderna e o crime.
A Presidente Dilma foi derrotada por maioria absoluta
do Tribunal de Contas da União. Ela tentou, numa política que o povo já está
acostumado, manchar a imagem de um dos membros do Tribunal de Contas da União.
Um Ministro seu, que o Governo Lula e o seu Governo indicaram, negou a ela um
pedido. Então não existe tanta honestidade assim de uma Presidente que tira R$
9,8 bilhões da Saúde; uma Presidente que acaba com o seguro desemprego, que
acaba com o seguro defesa; uma Presidente da Pátria educadora que retira todos
os projetos de educação, que faz um jogo político infantil, que nós na Câmara,
iniciantes, não o fazemos: um jogo político infantil de pegar uma parte do
PMDB, aliado, e tomar duas derrotas seguidas no Congresso Nacional. Ela teve o
seu processo reaberto por fraudar as eleições, por ter sido irregular. Ela não
é o baluarte da honestidade, até porque mentiu muito para os trabalhadores,
para o povo brasileiro durante a eleição.
Volto a dizer o que já falei várias vezes nesta
tribuna que a Presidente falou no último debate e no seu programa de televisão:
nem que a vaca tussa, eu vou tirar o direito dos trabalhadores; nem que a vaca
tussa, eu vou acabar com programas sociais; nem que a vaca tussa, eu vou mexer
nos direitos dos trabalhadores. E a Presidente Dilma, no último programa de TV,
ainda mostrou uma reunião com o movimento sindical e com os aposentados,
dizendo que ia acabar com o fator previdenciário. Nós mandamos para o Congresso
Nacional e aprovamos no Congresso Nacional o 85/95, e a Presidente Dilma vetou
e usou todo o seu poder das emendas parlamentares e da troca de Ministério para
manter esse veto da fórmula 85/95, que tira a escravidão dos aposentados do
Brasil.
Nós aprovamos, no Congresso Nacional, um reajuste do salário mínimo
igual para os aposentados, e a Presidente Dilma vetou esse reajuste dos
aposentados e trata isso como pauta bomba. A Presidente que disse que não ia
aumentar os juros, que não ia aumentar os TEDs bancário, vem aumentando
diariamente os juros e os TEDs bancários. A Presidente Dilma, que dizia que não
ia aceitar mais nenhum desemprego, hoje estamos chegando a quase 9 milhões de
desempregados neste País, e sem ver nenhuma expectativa para geração de emprego
e renda, sem ver nenhuma expectativa que gere emprego neste País. O que se vê
são centenas de empresas quebrando, empresas de pequenos e médio porte. A
Presidente, que vem liberando dinheiro para os seus amigos banqueiros e
principalmente usando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social –
BNDES para fazer isso, como grande caixa do Governo, para liberar dinheiro para
os seus amigos e seus companheiros, porque, lá no BNDES, as empresas que pegam
dinheiro, têm que dar garantias, e são garantias bancárias. Mas os amigos do
Governo não precisam das garantias bancárias, essas garantias são passadas por cima;
para os amigos do Governo, essas garantias não são necessárias. E estão lá no
BNDES as garantias que não foram dadas, por exemplo, pelo senhor Eike Batista,
que deu garantias ilusórias, garantias que não são dadas pelas obras que estão
fazendo no exterior, com o dinheiro do povo brasileiro. E lá, no Tribunal de
Contas da União, foi apontado que estavam tirando dinheiro do Fundo de Garantia
para fazer o que fizeram, tirando dinheiro do Fundo de Garantia que era para
ser para o Seguro Desemprego; tirando dinheiro do Fundo de Garantia para bancar
o Seguro Defesa, estavam usando para fazer o que estão fazendo aí. E sem falar
na questão da Lava Jato, sem falar questão da maior empresa petrolífera do
mundo que é a Petrobras e que, hoje, está com um déficit monstruoso porque
sangraram essa empresa.
Então, dizer que a Presidente Dilma é a pessoa mais honesta do mundo, eu
acho que não. Uma pessoa que mente para o seu povo, uma pessoa que vai para a
televisão, descaradamente, dizer que não vai tirar direitos e tira direitos;
que diz que vai desenvolver o País e afunda o País; diz que não vai fazer
acordo com banqueiro e faz acordo com os banqueiros, diz que vai fazer este
País crescer e se desenvolver e faz o contrário, realmente, não merece o nosso
respeito. A prova disso é que teve as suas contas rejeitadas pelo Pleno do
Tribunal de Contas da União, não foi só o Relator, o qual tentaram manchar a
sua imagem, como fazem com os líderes da oposição, largando notas, sempre
tentando levantar polêmicas, puxar processos já passados dos líderes da
oposição. Mas a justiça está começando a ser feita. E a sua base, cada vez
mais, enfraquecida. Dizer que direito de trabalhador é pauta bomba. Pauta bomba
é o que está sendo feito neste País; pauta bomba é os banqueiros ganharem cada
vez mais; pauta bomba é empresas fecharem e o desemprego aumentar; pauta bomba
é não fazer o que tem que fazer, de combater a inflação e os juros altos; pauta
bomba é acabar com os programas sociais como está acabando com o Minha Casa,
Minha Vida, com o Bolsa Família, com o direito das pessoas que vivem com
sacrifício, com o seu suor, gerando emprego e renda neste País. Com muita
força, fé e solidariedade, com certeza, nós vamos mudar essa política podre
feita não Brasil. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): o Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra em Comunicações.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras; Ver. Clàudio Janta, o senhor fique tranquilo,
porque aqueles três Ministros que tentaram intimidar o Tribunal de Contas, que
estão sendo chamados em todo o Brasil de “Os Três Patetas”, resumem, realmente,
a assessoria e o Governo do PT. São o resumo do que é este Governo, a tal ponto
de, em todo o Brasil, três Ministros, inclusive o da Justiça, tentarem
intimidar o Tribunal de Contas. Levaram nove a zero. Uma goleada maior do que a
Alemanha impôs ao Brasil. Nove a zero! Isso, em qualquer boteco do mundo, o
dirigente do boteco sairia porta afora pedindo desculpas. E a Presidente Dilma
faz de conta que não tem nada a ver com isso.
Fiz este pequeno
preâmbulo para dizer que 22 Deputados do PMDB, incluindo o Alceu Moreira, do
PMDB do Rio Grande do Sul, o Osmar Terra, o Darcísio Perondi e o José Fogaça
assinaram este manifesto repudiando a maneira como o próprio partido negociou
com a Presidente Dilma. Barganha, não! Estou muito orgulhoso da Bancada do PMDB
do Rio Grande do Sul, que disse que não é assim que se negocia governabilidade.
Não é assim que se faz política com homens sérios. Mas é o tipo da política que
o PT faz com seus aliados, inclusive com alguns do meu partido. Mas os meus
Deputados do Rio Grande do Sul disseram: “Não! Isso não vai ficar assim!”. E,
entre os 22 Deputados que entregaram o manifesto para o Michel Temer,
Vice-Presidente, estava lá o Deputado Fogaça na frente, porque ele é assim. O
Prefeito Fogaça sempre foi assim aqui na Prefeitura também; lá no Senado, em
todos os lugares. E disseram claramente: “Se é para apoiar um Governo pela
governabilidade, nós estamos aqui. O que não vamos fazer é o que o PT oferece,
cargos em troca de apoio. Nós votaremos naquilo que acharmos que o Brasil precisa, e
não naquilo que algum deputado precise, e não naquilo que o PT oferece, porque
o PT afundou este País sem consultar nenhum Ministro do PMDB, não sei se
deveria consultar, porque foi um meio de... Mas o que importa é que o Brasil
está acordando. Os homens de bem do Brasil estão acordando! E eu fico muito
feliz que esses 22 deputados, que agora já são 31 – mais nove deputados se
juntaram hoje, quase a metade da bancada do PMDB – estão dizendo o mesmo: “Nós
vamos apoiar governabilidade séria, governo sério, que tenha objetivos sérios,
e não em troca de favores”. Porque os favores já foram feitos com dinheiro da
Petrobras, já foram feitos com dinheiro da fundação dos Correios e Telégrafos,
com a Vale do Rio Doce, que desestatizaram, e estatizaram novamente no Governo
Lula, obrigando esses fundos de pensões a comprar ações para poder nomear os
diretores na Vale do Rio Doce. O que aconteceu com a Vale? Afundou novamente.
Afundando a Vale, afundando a Petrobras e afundando tantas outras estatais, o
PT afundou o Brasil.
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. IDENIR
CECCHIM: A Vale vocês reestatizaram. A senhora está bem por fora. Não lê. A
senhora é contra o capital, então a senhora não lê as notícias que interessam à
economia! Tem que ler isso, porque a economia que paga as suas mordomias, as
suas ONGs, as suas fundações! Esse dinheiro todo que o PT distribuiu para
pessoas que não mereciam, até àquela senhora de São Paulo, que era do PCdoB,
que pegou um monte de dinheiro... caiu o Ministro deles, mas ela não
devolveu...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Idenir Cecchim prossegue a sua manifestação, a partir deste momento, para uma
Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Para completar esse
raciocínio, em uma quinta-feira chuvosa, Ver. Kevin Krieger, os brasileiros
estão vivendo essa tormenta há muitos anos. O Rio Grande com esses dias de
tormentas de granizo; e o Brasil, há vários anos, com tormentas, com gafanhotos
destruindo o País. Por onde passa o PT parece uma nuvem de gafanhotos, destroem
tudo, deixam terra arrasada para quem fica arrumar novamente. Nós estamos
fazendo isso aqui no Rio Grande do Sul. O Ver. Delegado Cleiton falou muito bem
aqui sobre a Polícia Civil. Também quero aplaudir. Já o fiz ontem, quando falei
em um meio de comunicação que essas três operações que a Polícia Civil e a
Brigada Militar fizeram na última semana valeram por muito tempo dos desmando
que o PT fazia. E o que é que descobriram nisso? Não era só a segurança do
bandido Xandi que estava dentro da Secretaria, era o secretário do Secretário
de Segurança. Por isso que não desbaratavam nada! Quando a Polícia chegava, já
tinha sido avisado lá de dentro da Secretaria de Segurança. E ontem se
descobriu, anteontem, mais uma coisa, um coronel que trabalhava na Secretaria
de Segurança exigia dinheiro das pessoas que trabalhavam lá com cago de
confiança para o PT, e depois apertaram um pouco e disseram: não, não era para
o PT, era para um candidato que não se elegeu. Eu não sei se é verdade isso, se
é verdade que o candidato não se elegeu, que pegaram o dinheiro é verdade.
Agora, é mais fácil dizer que foi dado dinheiro para alguém que não se elegeu
do que cassar o mandato de alguém que está aleito, que está na Assembleia,
falando bonitinho sobre as coisas
que fizeram errado, tentando que consertem em três anos agora. O Rio Grande do
Sul foi afundado na educação, o Rio Grande do Sul perdeu a credibilidade, o
Governador do Rio Grande do Sul conseguiu desatrelar as estrelas, ele mudou o
firmamento, porque ele disse que as estrelas, se estivessem alinhadas, arrumariam
a vida ou as finanças do Rio Grande do Sul, negociaria a dívida. Não fez nada
disso e sabia que não faria. E o pior, mais uma vez ele fez aceno com o chapéu
dos outros, como é de costume - aceno com o chapéu dos outros – deu aumento até
2018, mas não disse de onde ia tirar o dinheiro. Superfaturou, imaginem,
superfaturar o Orçamento, Ver. Bosco! O PT conseguiu fazer isso,
superdimensinar um orçamento e sabia que não ia conseguir, e gastou por conta
de um Orçamento que não ia ser realizado. Então isso tudo, a cada dia, eu juro
que eu fico com pena da Bancada do PT aqui na Câmara, porque são valentes –
Vereadores e Vereadoras -, tentam defender, tentam dizer alguma coisa aqui, mas
é difícil, não conseguem, porque não se consegue mudar a verdade. Eles contaram
tantas mentiras, tantas vezes repetidas, que
imaginaram que fariam igual àquele alemão que acreditava que uma mentira bem
repetida viraria verdade. Mas não vira, não, a verdade vence, e venceu mais uma
vez aqui no Rio Grande do Sul. Agora apareceu, sabe de quem eram as pedaladas
fiscais, quem era o chefe que fazia isso? Arno Augustin, que foi corrido do
Governo pela Presidente Dilma. Está aqui, é um dos chefes do PT do Rio Grande
do Sul. Liquidou com o Tesouro. O nove a zero que aconteceu ontem foi em cima
dos desmandos do Arno Augustin, que foi poderoso Secretário de Finanças aqui no
Rio Grande do Sul, no Governo Olívio Dutra. Ele quis que a Ford não ficasse
aqui porque ia dar prejuízo. Imagina, com um dirigente desses, quando é que o
Rio Grande do Sul se arruma? Começa a arrumar, entra o PT e estraga, começa a
arrumar, entra o PT e arrebenta. Porto Alegre já viu isso, Porto Alegre não
reelegeu o PT e não vai reeleger por muito tempo, porque sabe que vai acabar
com a cidade de Porto Alegre também. O Rio Grande já aprendeu também, e não vai
mais fazer isso. Adeus PT, adeus roubalheira, adeus pedaladas.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. JOÃO BOSCO VAZ (Requerimento): Sr.
Presidente, solicito verificação de quórum.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Solicito
abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver.
João Bosco Vaz. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Nove
Vereadores presentes. Não há quórum.
Estão encerrados os
trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão
às 16h25min.)
* * * * *